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Há um monumento em Setúbal que mudou de lugar para deixar passar o trânsito

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Vertigem MREC #2
 

Data do século XVII. Está classificado como imóvel de interesse público. É uma das peças mais emblemáticas da cidade de Setúbal.

Mas nem isso impediu que mudasse de lugar. Sim é mesmo verdade. O chafariz do Sapal pesa toneladas e não é fácil de transportar, mas em 1937 saiu da Praça do Bocage para o Bairro do Troino, onde hoje está votado ao esquecimento.

Foi erigido, na antiga praça da Sapal em frente ao edifício da Câmara Municipal, em 1697, como remate do aqueduto mandado levantar por D. João II para abastecer de água a população. O chafariz dava de beber a uma boa parte dos setubalenses e aos seus animais, já que a versão original tinha um tanque, entretanto perdido, que servia de bebedouro.

O seu ar nobre encanta hoje a Praça Teófilo Braga, o antigo Largo da Anunciada.

 

Apesar de ter perdido a centralidade, mantém um enorme valor histórico e urbanístico.

Feito de mármore branco e rosa, é verdadeiramente monumental. Tem no topo uma coroa imponente, recortada, e sustentada por dois anjos. Num patamar inferior, estão três esferas armilares que encimam cinco máscaras por onde cai a água. Há também dois navios, esculpidos, que evocam a eterna ligação ao mar da “notável e sempre leal vila de Setúbal”.


A obra foi mandada fazer pelo Senado da Câmara de Setúbal há precisamente 322 anos e ao que tudo indica saiu do traço de Francisco da Silva Tinoco, arquiteto régio até 1699.


A peça merece um olhar mais demorado. E, acredite, vai poder circular à vontade.