parallax background

Quatro truques para cozinhar choco e o lado negro do bicho

17th January 2019
Real Gin Rouge Featured
Real Gin Rouge Chegou o gin do amor e é made in Setúbal
16th January 2019
Arrabida Gruta da Lapa de Santa Margarida Featured
Santa Margarida Há um altar dentro de uma gruta da Arrábida
18th January 2019
Publicidade
Vertigem MREC #1
 

Em Setúbal o choco é frito. Ponto final. Só que não. Também o há assado, estufado e até em caldeirada. Esta é a terra do molusco ou vice-versa. Certo é que o bicho não é fácil de cozinhar e tem um lado negro (e não estamos a falar só da tinta).

Está nos menus de todos os restaurantes, em forma de feijoada, ao alhinho, assado com ou sem tinta, e frito, claro, no pão ou no prato. Os setubalenses fazem o choco como ninguém, mas a tarefa não é fácil.

Na maior parte das vezes, o difícil é conseguir aquela textura perfeita, nem mole nem borrachosa. E há quatro truques, quase todos usados por chefs, que tem mesmo de conhecer. Depois de ler isto nunca mais vai pensar duas vezes na hora de levar o bicho para casa.

 

Choco fresco

Compre choco de boa qualidade e esqueça o congelado, vendido em sacos nos hipermercados, a não ser que queira servir um delicioso prato de borracha

Gelo

Se o choco for maiorzinho, ponha-o no congelador pelo menos durante um dia. O processo faz com que as fibras se partam o que torna a textura mais tenra

Temperos

Tempere de véspera com alho, limão, pimenta preta e sal

Leite

Na marinada use leite, ajuda a amaciar o choco

Mas atenção que este bicho tem mesmo um dark side (lado negro).

 

Basta pensar no estado em que ficam as habitualmente luminosas bancas do Mercado do Livramento, onde é vendido entre os oito e os 10 euros por quilo.

O trocadilho serve na perfeição, já que os chocos usam a tinta como mecanismo de defesa, mas a verdade é que apesar de, aparentemente inofensivos, os chocos têm um lado sinistro. Durante o dia, enterram-se em fundos de areia e só se tornam ativo ao anoitecer, altura em que se transformam em astutos caçadores. Graças à capacidade de mudar de cor, aproximam-se das presas (moluscos, crustáceos e peixes) sem que estas se apercebam. Depois, capturam-nas, com dois tentáculos modificados que se projetam rapidamente. O bico forte corta a presa, como se fosse um triturador, ao mesmo tempo que lhe é injetada uma toxina paralisante.

Não se deixe amedrontar, se seguir os nossos conselhos vai ver que consegue domar a fera e fazer um belo petisco.