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Ainda se lembra do tempo das caras sérias?

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Foi há 45 anos, num tempo não muito distante, que se fez a revolução do 25 de abril.


Para que ninguém esqueça como tudo era antes, o TOMA — Teatro Oficina Multi Artes apresenta a peça “No Tempo das Caras Sérias”. Há três sessões e uma é dedicada às crianças.

São três oportunidades para recordar a Revolução dos Cravos através desta peça inspirada num texto de Ana Brito, da Associação José Afonso. Há duas sessões no dia 25 de abril, uma de manhã, às 10H00, no Bairro Gritos do Povo e dos Pescadores, outra à tarde, para miúdos, a partir dos três anos, no espaço ECOS Sons de Sentir, na rua Camilo Castelo Branco, e mais uma no domingo, 28, às 15H00, na sala José Afonso da Casa da Cultura.

 
 

A peça, a que os atores José Nobre e Micaela Castanheira dão o corpo e a alma, lembra os tempos antes da liberdade. Quando as caras eram sérias, os ouvidos moucos, as bocas caladas e as ideias não podiam voar para fora das gaiolas que estavam dentro das próprias cabeças.

Como recorda a sinopse da produção, era um tempo “ruim” em que as pessoas ora andavam tristes, ora andavam zangadas.

Mas havia “outros homens, como Zeca Afonso, que, ao cantar melodias vivas e coloridas, distribuía alegria e esperança aos corações dos que o ouviam”.

 

A peça evoca a época em que, com essa música “simples, viva e tocada com amor”, as coisas começaram a mudar. As bocas “arriscavam rimas espertas, que, não querendo dizer nada, diziam tudo”.

Foi com música e cravos que chegou a liberdade. Acabou-se o tempo das caras sérias.
Para que assim seja sempre, não o havemos de esquecer.
Ainda se lembra?