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As gravuras assinadas por João Pedro Santos são elegantes, divertidas e irreverentes. Se ainda não conhece o The Mousse Project tem de passar na Galeria da Casa d’Avenida até 31 de agosto. A exposição é de entrada livre.


João Pedro Santos, natural de Santiago de Cacém, tem 37 anos. As suas gravuras estão em várias coleções particulares da Europa e do Mundo. Já apareceram na Vogue e na Caras Decoração. Estiveram patentes em diversas exposições. São desconcertantes e desafiam a nossa mente.

“Com os meus trabalhos pretendo não só contar uma história, mas também levar a conhecer melhor a natureza, o animal e, em última análise, a pessoa. Tal como numa Fábula de La Fontaine, os mais velhos entenderão a subtileza da ironia e das provocações nas entrelinhas, enquanto os mais novos aproveitam o mundo da fantasia onde o animal representado adquire características e olhares semelhantes aos humanos”, revela o artista.

The Mousse Project
Nome: João Pedro Santos
Idade: 37 anos
Local de nascimento: Santiago do Cacém
Prato preferido: Ceviche preparado por mim
Bebida preferida: Cerveja gelada
Setúbal numa palavra: Acreditar
Setúbal numa cor: Azul esverdeado e translúcido
 

O “Flamingo” com uma boia em forma de tubarão ou a cegonha de chinelos provam isso mesmo. Assim como o “Xi pá zé”, a “maior e mais desafiante gravura” criada por João Pedro Santos.

O objetivo que pretende alcançar “é complexo mas a base é simples”, garante ao InspireSetubal. “Quero criar arte que de alguma forma tenha um contributo positivo. O fascínio pela fauna e flora vem de longe. Quando os documentários do National Geographic me acordavam de manhã e me transportavam para o canto mais recôndito da terra, um mundo fascinante, cheio de animais selvagens e de impressionantes narrativas”, revela.

 

A proximidade com a natureza que o litoral alentejano, onde vive e trabalha, oferece é a sua fonte de inspiração. “Adoro fotografia... mas acontece algo muito especial quando se pinta no meio da natureza, sentado tranquilamente à sua frente. O que fica é mais duradouro”, assegura.

O interesse pela arte surgiu cedo e desde logo experimentou várias técnicas, como pastel, óleo, acrílico, frescos e aguarela. “Descobri a gravura na altura certa”, acredita. Foi em 2014. “A experiência levou-me a perceber que tinha encontrado algo especial”, diz, sem hesitar.

 
 

“Todas as gravuras que crio surgem inicialmente em esquisso, normalmente em cadernos, blocos ou em folhas avulsas. Depois, vão maturando e mudando, sofrem várias alterações ao longo do tempo, até encontrarem uma identidade”, descreve, falando do processo criativo.


Esta não é a primeira vez que João Pedro Santos expõe em Setúbal, aliás a relação com a cidade é especial. Foi aqui que expôs pela primeira vez há 11 anos (no bar “La Bohéme”).


Agora anda a investigar o setubalense Lima de Freitas, pintor, desenhador e escritor que descobriu recentemente. Quem sabe não o vai inspirar para mais uma coleção de gravuras?

 

A exposição “The Mousse Project” aka João Pedro Santos pode ser vista na Casa d’Avenida todos os dias, menos à terça-feira que é o dia de folga semanal, entre as 09H00 e as 20H00.

Não deixe de visitar!

 
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